Alma NuaAlma Nua

Corpo Molhado




Alma Nua






Corpo molhado

O suor brota na pele
Escorre lentamente pelo corpo ainda nu
Provoca arrepios…
Ondas de puro desejo.
No quarto sombrio,
A cama é tão fria sem a tua presença
Os lençóis amassados
Demonstram a inquietação
Que insiste em me atormentar
Sinto no ar o teu cheiro
E na boca ainda faminta o teu gosto
O gosto da pele que amo
Que tão ardentemente desejo…
Deixo fluir os pensamentos
Lembranças do teu toque quente
De lábios que roçam meu corpo
Beijando-me suavemente
Causando delírios de puro prazer
Penso nas hábeis mãos
Que me conduzem ao paraíso
Deslizando macias, acariciando a pele
Hora leve e lenta, percorrem as costas
As coxas, provocam arrepios
Hora forte e firme, buscando os seios
Ávidos pelo seu toque,
Com ritmo compassado alcançam o ventre
E invadem desinibidas o mais intimo dos vales
Levam a loucura…
Mãos; hábeis mãos que amo
O corpo reage diante aos delírios
Implora por ser possuído
Afoito volta a rolar entre os lençóis
Entorpecida pelos devaneios
Sinto-o latejar, pulsar descompassado no desejo de te ter
O desejo cresce, os músculos doem
Quero-te…
Enfim suada e cansada dos movimentos desconexos
Causados pelos delírios
Adormeço inerte…
Foi mais uma noite a tua espera…


(ThC 04/02/2009)






Alma Nua



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